A primeira terça-feira de maio é marcada pelo dia mundial do combate à asma, doença que acomete cerca de 20 milhões de brasileiros, segundo Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

Ainda assim, de acordo com uma pesquisa encomendada pela farmacêutica Boehringer Ingelheim do Brasil ao Ibope, esse número pode ser ainda maior.

Embora o foco da pesquisa seja as “doenças respiratórias”, a pesquisa demonstrou que 44% dos brasileiros respondentes afirmaram apresentar sintomas respiratórios (tosse, falta de ar, chiado no peito e coriza) que podem ser sintomas de doenças como asma, bronquite e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).

Desses respondentes,35% disseram ter “asma” e 37% citaram “bronquite crônica”.

O que é asma?

A asma é uma doença crónica e heterogénea provocada por inflamação das vias aéreas, geralmente caracterizada pela existência de sintomas respiratórios, tais como: falta de ar, aperto no peito e tosse.

Embora essa seja uma das doenças respiratórias crónicas mais comuns em todo o mundo e com maior aumento de incidência nos últimos trinta anos, ainda não há cura. Estima-se que uma em cada vinte pessoas sofra de asma.

O aumento dos casos de Asma pode ser atribuído ao aumento da poluição, uma vez que encontra-se nos grandes centros o maior número de pacientes internados com essa doença.

A asma não é contagiosa, ou seja, não se “pega” ou não é transmitida de pessoa para pessoa.

No entanto, existe uma forte componente genética familiar na transmissão da asma. Ou seja, a doença poderá ser transmitida de pais para filhos.

Asma – causas – dia mundial do combate à asma

Embora exista forte relação com a poluição, a asma é provocada por uma complexa relação entre fatores genéticos e ambientais.

Nesse dia mundial do combate à asma, veja as causas ou “gatilhos” que desencadeiam, frequentemente, as crises de asma:

• Gripes (constipações);
• Exercício físico exagerado;
• Exposição a determinados tipo de tecido ou ambientes empoeirados.
• Mudanças no clima;
• Risos;
• Substâncias irritantes (fumo, poluição ou cheiros fortes).

Tipos de asma

A asma é uma doença heterogénea com diferentes processos subjacentes. No entanto, até à data, não foi estabelecida uma relação forte entre as características específicas e os padrões clínicos.

Os tipos mais comuns que se tem conhecimento são:

Asma alérgica

A asma alérgica ou asma atópica é o tipo de asma que muitas vezes começa na infância e está associada ao histórico familiar como rinite alérgica ou alergia a alimentos ou medicamentos.

Na maioria das vezes, o exame da expectoração induzida desses doentes revela inflamação das vias aéreas. Os doentes com este tipo da asma geralmente respondem bem ao tratamento com inalação e as bombinhas de ar.

Asma não alérgica

Alguns adultos têm asma que não está associada com a alergia. O perfil celular da expectoração desses doentes pode ser neutrofílica, eosinofílica ou conter apenas algumas células inflamatórias. Os doentes com asma não alérgica, muitas vezes, não respondem tão bem ao tratamento com corticosteróide inalado. Este tipo de asma é também denominada asma intrínseca.

Asma de inicio tardio (adulto)

Contudo, alguns adultos, especialmente mulheres, apresentam-se com asma, pela primeira vez na idade adulta. Na maioria dos casos, tende a ser não-alérgica, ainda assim, necessitam de doses mais elevadas de corticoides ou são relativamente refratários a este tratamento.

Asma e obesidade

Pessoas com obesidade ou excesso de peso têm sintomas respiratórios proeminentes

Asma ocupacional

A asma ocupacional ou asma laboral, ou seja, adquirida no local de trabalho pode ser induzida ou (mais frequentemente) agravada pela exposição a alérgenos ou outros agentes sensibilizadores no trabalho.

A rinite ocupacional, por exemplo, pode preceder a asma. Sendo assim, a asma de início na idade adulta requer uma investigação sistemática da história profissional e exposições, incluindo hobbies.

Por outro lado, na asma ocupacional, os seus sintomas melhoram quando o doente está afastado do local de trabalho (fins de semana ou férias). A observação desse fato é importante para confirmar o diagnóstico de asma ocupacional.

Asma induzida pelo exercício físico

O esforço pode sim desencadear a asma. Embora o exercício físico seja importante para diversas funções do corpo, os sintomas de asma pioram logo após terminar o exercício (asma de esforço).

Sendo assim, esse diagnóstico é facilmente percebido quando há falta de ar após a prática de exercício físico.

Dia Mundial da Asma – sintomas da Asma

Existem sinais e sintomas respiratórios típicos de asma por exemplo:

• Falta de ar, tosse, aperto no peito, especialmente em adultos.
• Os sintomas, muitas vezes, pioram à noite ou no início da manhã;
• Sintomas que variam ao longo do tempo e de intensidade;
• Quando os sintomas são desencadeados por gripes, exercício físico, mudanças no clima, risos e substâncias como: fumo, poluição ou cheiros fortes.

Todavia, as características que a seguir apresentamos reduzem a probabilidade de que se tratem de sintomas respiratórios associados à asma:

• Tosse isolada, sem outros sintomas respiratórios;
• Produção crónica de expectoração – a tosse asmática é caracteristicamente seca;
• Falta de ar associada a tonturas, sensação de desmaio ou formigueiro nas mãos e nos pés (parestesia). Esta situação associa-se mais a asma emocional ou crise histérica;
• Dor no peito;
• Dispneia induzida pelo exercício com a inspiração ruidosa (diferente da asma induzida pelo exercício físico).

Asma em Idosos

A asma em idosos é de mais difícil diagnóstico devido à má percepção da limitação do fluxo aéreo. Além disso, existe uma aceitação da dispneia como sendo “normal” na velhice, associada à redução da atividade física.

A presença de outras doenças também complica o diagnóstico, ou seja, os sintomas de falta de ar e tosse que pioram no exercício ou à noite, podem ser causados por doença cardiovascular ou insuficiência ventricular esquerda, que são comuns nesta faixa etária .

Tratamento da Asma

Embora não exista cura para a asma, um bom controle da asma caracteriza-se pela presença mínima de sintomas durante o dia e à noite.

Nesse sentido, o uso correto dos medicamentos no tratamento com broncodilatadores e inalação ajudam a melhorar a função respiratória. Estes objetivos são atingidos quando se estabelece uma relação de equilíbrio entre a prescrição dos fármacos pelo médico e a correção da sintomatologia e da função respiratória do doente.

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